Orientação de pais.

 

       Vivemos em uma sociedade cada vez mais complexa e cheia de informações. Quando pensamos em conhecimentos sobre o universo infantil e educação a quantidade de material é imensa. Todos os pais se perguntam se estão agindo bem na criação de seus filhos, e o que teoria tal diria, contrariando a outra tal.

 

            Perguntas como: em que momento tenho que impor mais limites? Que momento tenho que acolher? O que fazer no momento de birra? Como preparar chegada do irmão? São tantas dúvidas que podemos nos sentir sufocados. Além de ter que lidar com mil palpites, vindo da família, amigos, escola, etc. Ufa!!!

 

               O trabalho do psicólogo nesse contexto é auxiliar os pais a entender melhor o ambiente familiar, as dinâmicas de cada componente do grupo familiar e no lidar com os afetos que nascem nessas relações e que trazemos conosco de acordo com a nossa história de vida.

 

            Para isso não existe um “Manual de Instruções” pré-pronto, nem tão pouco regras que sejam Universais, afinal seu filho é único, e vocês também são pais singulares. Na orientação de pais o que procuramos é a melhor maneira da sua família encontrar recursos para enfrentar determinada dificuldade e resolver conflitos.

 

Segundo o psicanalista Winnicott:

“ O que o bebê necessita é de confiabilidade e de comunicação humana verdadeira, e não de técnicas de cuidar. Se fosse possível escolher os pais, confessa Winnicott, ele preferiria mil vezes ter uma mãe capaz de ter dúvidas sobre a sua conduta, e de pensar que algumas coisas andam mal em virtude de algo que ela fez ou não fez, do que uma que estivesse sempre segura do que é bom para o bebê...”

 

 

 

 

Fonte: Winnicott, D. 1993 [1961]: "Sentimento de culpa". In: Conversando com os pais. São Paulo, Martins Fontes, 1993.

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